Recentemente, a Trilha da Gueba, localizada em Guabiruba, foi embargada pelo Ministério do Meio Ambiente e do Clima devido a uma série de danos graves ao ecossistema local. A medida foi tomada para proteger a vegetação nativa e garantir a regeneração do bioma, após a constatação de práticas nocivas, como o uso de fogo e intervenções que não são passíveis de autorização para exploração.
Por que o embargo foi necessário?
A decisão de embargar toda e qualquer atividade na área não foi tomada de forma leviana. Infelizmente, a falta de consciência de alguns frequentadores resultou em impactos severos na flora e fauna local. O uso indevido de fogo, por exemplo, representa um enorme risco para o ecossistema, podendo desencadear incêndios florestais e destruir habitats essenciais para a biodiversidade.
Desde o período de pandemia, a ASSEPAVI vem alertando a sociedade e os órgãos competentes sobre os danos causados por alguns frequentadores que buscavam chegar com seus veículos até o topo da Trilha da Gueba. Mesmo com os alertas, não houve um gerenciamento eficaz deste acesso e faltou consciência por parte da sociedade civil para proteger o local, contribuindo para a degradação do ambiente.
Agora, com o embargo do local, qualquer identificação de uso ou acesso à área é caracterizada como crime ambiental federal, sujeito a notificação e autuação. Denúncias de irregularidades podem ser feitas diretamente ao parque através do e-mail parnaserradoitajai.sc@icmbio.gov.br ou repassadas à ASSEPAVI, que encaminhará a denúncia à Unidade de Conservação.
A importância de respeitar a natureza
Práticas incoerentes, como descartar lixo, retirar plantas ou criar atalhos, são atitudes que comprometem a integridade do ambiente natural. Isso vai contra princípios fundamentais do movimento Leave No Trace (Não Deixe Rastros), que incentiva condutas conscientes ao explorar a natureza:
Planejar e preparar-se com antecedência: Conhecer as regras da área e respeitá-las.
Dispor de resíduos corretamente: Levar todo o lixo de volta.
Preservar o que se encontra: Não retirar plantas, pedras ou outros elementos naturais.
Minimizar o impacto de fogueiras: Optar por lanternas ou fogareiros portáteis.
Respeitar a vida selvagem: Observar os animais à distância e nunca alimentá-los.
Ser cortês com outros visitantes: Manter o silêncio e respeitar a experiência alheia.
Um apelo à consciência coletiva
Como associação dedicada à preservação ambiental e ao incentivo do ecoturismo consciente, sentimos a necessidade de reforçar a mensagem: a natureza é um patrimônio coletivo, e cabe a cada um de nós protegê-la.
O embargo da Trilha Gueba é um lembrete doloroso de que nossas ações têm consequências. No entanto, também é uma oportunidade para refletirmos e adotarmos comportamentos mais sustentáveis, para que no futuro possamos voltar a desfrutar desse espaço com responsabilidade.
Vamos juntos cuidar da natureza e ser agentes de mudança para um planeta mais saudável e equilibrado.
Se você deseja aprender mais sobre práticas sustentáveis e participar de atividades de conscientização ambiental, acompanhe as ações da ASSEPAVI. Juntos, podemos fazer a diferença!